07. Sim, eu preciso de ajuda
Ling Shan, ao contrário do que planejou, terminou o dia e a sua primeira apresentação ao público inerte a tudo. Incrivelmente isso o ajudou a superar o nervosismo, mas não conseguiu aproveitar essa sensação.
Embora ele tenha cantado junto a plateia, os fez cantar sozinhos, interagiu e por fim, desabou no palco chorando parecendo feliz, era tudo uma fachada. Ele, literalmente, fez isso tudo, com muita tristeza e ódio.
Felizmente, quando se trata de artistas, as pessoas parecem ser cegas aos seus sentimentos e se apoiam no superficial. Seria difícil explicar quando as suas emoções ainda estavam recentes e provavelmente, não sairia conforme o desejado. Os escândalos seriam os mais desenfreados possíveis.
Após finalizar a apresentação, recebeu inúmeros elogios dos colegas artistas. Estava tão nervoso que a sua única reação era sorrir estupidamente para as pessoas. Tal ação que assustou onze entre dez pessoas recebidas pelo sorriso natural daquele maluco.
Donnah se aproximou quando percebeu haver muitas pessoas ao redor de Ling Shan. O pirralho, tinha crises de pânico frequentemente pela aglomeração de pessoas ao redor. Ela puxou o seu chefe do meio daqueles abutres e o levou para a área de entrevistas.
— Aquele vagabundo não veio? — O cantor perguntou, olhando para os lados indiscretamente.
— Foi para casa antes do show. — A mulher respondeu entregando uma garrafa de água. — Ele não parecia bem. Estava possuído por algum espírito!
Percebendo que havia deixado os seus pensamentos correrem livremente, Donnah quase se deu um tapa. A memória de um rapaz ser agredido por Ling Shan após falarem algumas palavras sobre Cheng Yin, era vívida nas suas memórias.
Donnah arregalou os olhos esperando mais um escândalo ocorrer e a demissão chegando pelo e-mail. Mas, ao contrário do que esperava, Ling Shan riu. Era um sorriso naturalmente assustador.
Provavelmente, seu humor estava bom.
— Ele vai ser pai… — Falou casualmente — O espírito provavelmente carregava um ressentimento muito alto.
— Esqueci de parabenizá-lo! — Respondeu totalmente sem graça com uma risada quase mecânica. — A família vai aumentar…
— Não dê os parabéns. Minha família aumentar, é certamente, um mau agouro.
Só Buda sabia quão nervosa ela estava.
Seu chefe, por outro lado, torceu a tampa da garrafa e tomou um gole d’água, quando notou no canto o abençoado dos céus acenando para ele. Yang Ge tinha um sorriso que poderia matar.
Infelizmente, Ling Shan foi puxado para longe daquela bela visão pelo grito dos repórteres. Tinha que enfrentar aquelas abelhas zumbindo no seu ouvido.
— Ling Shan! Ling Shan!
— Ling Shan! Ling Shan!
Dezenas de pessoas gritavam seu nome.
— Donnah, tem alguma coisa que não posso responder? — Sussurrou para a mulher, ele se sentia levemente tonto.
— Nada que possa comprometê-lo ou causar algum escândalo. — Respondeu com o cenho franzido, seus olhos suplicantes por uma trégua. Não estava acostumado a esse rapaz ser obediente.
— Então não preciso me segurar! — Ele abriu um sorriso maravilhoso e foi em direção aos repórteres.
Oh! Não! Obediente? Esse não era o Ling Shan obediente, era aquele que iria aprontar! Seus gritos internos eram tão altos que poderia causar um terremoto.
— Boa noite. — Ele cumprimentou as abelhas com um sorriso doce.
Todas aquelas pessoas ficaram assustadas e só podiam pensar que aquele rapaz estava drogado.
A última entrevista de Ling Shan não foi razoável. Acabou com um repórter ferido, três paparazzis na cadeia e o restante com o orgulho ferido.
Não que um repórter de colunas sociais tivesse algum orgulho, mas… eles tinham orgulho!
— Cof! Senhor Ling poderia nos dizer qual a situação do seu empresário? Ele foi mandado às pressas ao hospital na noite anterior! — Uma repórter ruiva perguntou.
— A-Cheng está em casa, não se preocupem… e tão radiante quanto o sol! — Respondeu bem-humorado. — Aproximem-se, vou contar um segredinho… — Todos se aproximaram em silêncio, muito curiosos. — Vou ser tio. — Ele se afastou. — Próxima pergunta.
— Ling Mei está grávida? — Outro repórter se adiantou.
— Estranho seria se fosse Ai’er, não concorda, senhor?
As abelhas zumbiram ao rir, realmente era uma pergunta idiota!
— Gostaria de parabenizá-lo pela apresentação de hoje, o senhor nos mostrou que há muito espaço para sua evolução na música. Foi uma das melhores em sua carreira — Enquanto alguns ainda riam, um rapaz tímido, atrás dos óculos retangulares de aro escuro, tomou a frente. — Poderia nos dizer o que provocou esse avanço?
— Obrigado pelo elogio, rapaz. — O agradecimento fez aquele jovem adulto congelar. — Posso dizer que foi a realidade. Consegui me conectar com ela e deixei a fantasia e a ilusão para trás. Era algo que eu precisava, principalmente por mim. Do renascimento, me entrego a luz e na luz, posso novamente viver.
Por alguns segundos, a área de entrevistas tornou-se muito silenciosa.
— Ling Shan, ano passado você consolidou sua carreira e tornou-se o melhor entre todos. O senhor tem um objetivo em mente agora que alcançou o topo?
— Essa é uma excelente pergunta. — Ele se animou. — Recentemente tive interesse em adotar um animal de estimação. Um golden retriever ou um pastor alemão. Olhei algumas outras raças, como dobermann francês e também alguns pitbulls, mas acho que gostaria de um pinscher. Eles são terríveis. — Gradualmente, um sorriso travesso ia se formando. — Pequenos, mas têm um gênio terrível. Qual a sugestão de vocês?
Não que ele realmente gostasse de cachorros.
As abelhas se olharam confusas.
Certamente drogado.
— Além disso, domar um animal seria interessante. — Ling Shan olhou de soslaio, onde Zhuo Yang estava e disfarçou também olhando para o outro lado. — Um lobo… e oh! — Olhou diretamente para uma câmera. — Certamente farei um certo cachorro dormir bem!
O grande cachorro, que assistia à entrevista em sua casa, sentiu um arrepio. A mulher ao seu lado acariciando os seus cabelos louros, olhava a televisão com raiva.
— Marido, o irmão fica cada dia mais estranho. — Ling Mei, a corna, comentou. — Ele não tem um medo extremo de cachorros?
— É por isso que devo ficar sempre de olho nele. — O grande cachorro respondeu. — Quem sabe quando ele irá surtar? — Massageou a mão enfaixada, ainda doía após ter quebrado uma garrafa de uísque.
— Isso é verdade…, mas agora você vai precisar de dar mais atenção para o nosso bebê… — Ela passou a mão na barriga.
— Claro, meu amor. A família em primeiro lugar. — De um ângulo que ela não via, Cheng Yin tinha o seu rosto tão retorcido que perdia sua beleza.
Por outro lado, no camarim, Ling Shan se jogou no sofá e dispensou todos. Queria um pouco de paz e xingar um pouco os repórteres por não perguntarem sobre coisas mais divertidas.
Ele olhou para o teto do camarim, sentindo-se exausto. Havia sido um longo dia. O teto pareceu ficar desfocado quando notou a sensação de pânico tomar conta de seu corpo, restos do antigo Ling Shan. Estava com vontade de chorar, um bolo preso na sua garganta.
“Merda…”
Antes de perceber, estava chorando como uma criança e nem sabia o porquê. Seu corpo tremia ao escutar as vozes no corredor e seu olhar se fixou na maçaneta, caso alguém entrasse poderia se esconder rapidamente.
Queria ficar no escuro, sozinho.
O enjoo que sentia tornou-se mais vívido e junto, a tontura.
Ele tateou ao redor buscando o celular.
Ao passar a mão, objetos caíram no chão em sequência fazendo um barulho alto. Ele tentou não cair no chão a qualquer custo quando se arrastou pelo sofá até a mesa ao lado.
Ling Shan não entendia o que estava acontecendo e meio desesperado se agarrou firme à mesa e puxou o celular. O mundo ao seu redor girou para todos os lados e o dedo apertou na discagem rápida.
Na madrugada, o som da sirene chegando ao local de show, junto aos paramédicos apressados, chamou muito atenção. Fãs e repórteres se aglomeram quando os paramédicos saíram com uma maca, mas ninguém soube quem era. A equipe de produção usou uma proteção, evitando os flash’s das câmeras.
Mas, para aqueles paparazzis experientes, não demorou para descobrirem a verdade e o ocorrido explodisse nos tabloides.
Quando Ling Shan percebeu seu estado, já estava no hospital com uma agulha enfiada em sua veia. Estava vestido com um pijama hospitalar, seu corpo estava muito pesado e estava muito sonolento. Havia um relógio ao lado da cama, marcava três horas da tarde. Ele suspirou.
Era um leito vip no hospital, que parecia mais um quarto luxuoso se não fosse pelos aparelhos médicos. Tinha até uma cozinha básica num canto. Mas, Ling Shan, no momento, não ligava para isso.
“O que foi isso?”
Seus pertences estavam na mesa de cabeceira. Pescou o celular com certa dificuldade e foi até o Teibo. Nada inesperado.
Rindo da própria desgraça, foi assim que Cheng Yin e Donnah o encontraram na cama do hospital.
“Devo ter cuspido no túmulo de Buda para merecer isso.”
— Terminou de enlouquecer? — Ling Shan o encarou com um par de olheiras e cabelo bagunçado. — Crise de abstinência por drogas, finalizando com uma crise de pânico. — O homem louro jogou o relatório médico em seu colo.
Ele olhou para os papéis sem interesse.
— Então foi isso?
Ling Shan estava mais calmo do que esperavam.
— ‘Então foi isso?’ — Cheng Yin estreitou os olhos, repetindo as palavras dele. — Donnah vá chamar o Doutor Qiang.
A assistente olhou para Ling Shan com receio de deixá-lo sozinho com Cheng Yin, mas ele acenou a cabeça afirmando que estava bem.
— Estou bem, Donnah. Pode ir. — Ele não esperou Donnah sair para começar, não se importava com tais regalias. — Seu desgraçado fodido.
— Sobre o que deseja me culpar dessa vez? Sobre seu vício de drogas? Foi eu quem enfiei aquelas porcarias na sua boca?
Cheng Yin ficou ao lado da cama. Ele vestia um terno cinza e gravata vermelha e sapatos sociais. Tinha um broche da família Ling em seu peito.
Ling Shan riu.
— Não tenho culpa se você precisa de drogas para ficar de pé. — Cuspiu as palavras rudemente.
— Ah, desculpe. Realmente você não tem nada a ver com isso. — Seu tom de deboche era discreto, ele passou a mão nos cabelos, tirando-os do rosto.
— Não tente ser sarcástico… — Olhou com mais cuidado. — Qual seu problema? Já tem um tempo que está estranho!
— É incrível A-Cheng não se cansar de toda essa merda de vida. Não está cansado disso tudo?… Nós?
— Quem é o réptil que coloca essas bobagens em sua cabeça? — Ele perguntou desconfiado. — Sempre deixei claro que nunca existiria um ‘nós’.
Ling Shan queria rir pois não tinha palavras para se apressar. Então porquê enlouquece quando esse corpo é tocado por outro? Por que é tão obcecado por ele?
Ele achava o verdadeiro Ling Shan muito estúpido por não perceber o quão ridículo e tóxico era esse relacionamento.
— Apenas concentre-se na única coisa que você sabe fazer. — Ele afrouxou a gravata. — Tivemos que desmarcar a turnê europeia! Você entende o quão prejudicial isso é?
Ling Shan raciocinou com pesar: “Não vou conseguir conhecer os alpes suíços…”
— Até mesmo as gravações do novo álbum tivemos que paralisar!
“Não sei como devo levar essa situação.”
O cantor virou seu olhar para Cheng Yin e o encontrou com uma expressão desgostosa.
— Ling Shan, estou falando com você! — Cheng Yin o agarrou pelo braço, aquele conectado com a bolsa de soro.
— Isso dói, me solta. — Falou com seriedade.
A presença de Cheng Yin ainda era sufocante, ele não conseguia se soltar porque sua força pareceu desaparecer do corpo.
— Voc…
A porta do quarto se abriu. Donnah entrou com Dr. Qiang.
— É bom vê-lo acordado, Senhor Ling. — Falou, com sua atenção voltada para onde Cheng Yin o tocava.
Qiang Jin era um homem de quarenta e dois anos, mas tinha os cabelos totalmente grisalhos, fosse pelo estresse e rotina cheia do hospital ou pela herança genética. Um homem charmoso, da altura de Cheng Yin, mas com um sorriso que mostrava as covinhas. E também, uma pessoa de renome dentro do hospital, sendo o diretor mais jovem em sua história.
— Isso não é um ringue de luta livre, Sr, Cheng. — Seu sorriso pareceu como de uma raposa. — Como está se sentindo Sr. Ling? — Ele se aproximou e nesse momento, o louro se afastou, soltando o braço de Ling Shan.
— Posso mentir?
Qiang Jin riu.
— Seus exames o desmentiriam. — Ele conferiu o gotejamento do soro. — Sua saúde é tão delicada quanto a de um idoso Sr. Ling e você tem vinte e quatro anos. Se continuar nesse ritmo, em cinco ou seis anos estaremos em seu velório.
“Na verdade, foi há três dias.”
O doutor continuou:
— Uso de drogas, álcool, espancamento. Quando tem tempo para ser gângster? Um cantor desenvolvendo uma crise de pânico… Sr, Ling, gosta de sua carreira? — Suas palavras afiadas o deixaram ainda mais tensionado.
— Sim. — Ling Shan fingiu ser tímido.
— Devo recomendá-lo concentrar em sua carreira e em si mesmo. — Ele suspirou profundamente. — Isso será prejudicial apenas para você. Não o culpo por desejar extravasar o estresse do trabalho, mas está num caminho errado… continua no caminho errado. O que conversamos da última vez que esteve aqui?
“Outra pessoa que não me lembro!”
— Ling Shan, você quer morrer? — Dr. Qiang perguntou sem rodeios, ele era médico de Ling Shan há quase dez anos e toda a história desse garoto estava indo para uma direção sem volta.
— Doutor… eu…
— Isso é um monólogo. — Dr. Qiang interrompeu. — Prescrevi alguns medicamentos para você, assim como da última vez. — Ele digitou alguma coisa no tablet que portava. — Quando sentir que precisa de ajuda médica, você tem meu número pessoal é só me ligar. No próximo mês, descanso e sem estresse, não importa o compromisso que tenha. Entendeu? — Perguntou com um olhar severo.
— Sim, doutor.
— E vocês dois… — Ele olhou de Donnah para Cheng Yin, demorando um pouco mais no louro. — Cuidado com esse vaso de porcelana.
Ling Shan percebeu imediatamente que esse doutor conhecia muito bem a situação que o antigo senhor passava e todo o foco desse problema.
Qiang Jin sorriu.
— É melhor continuar descansando, garoto.
— Obrigado. — Respondeu sem graça.
— Por ora, vocês podem ir para casa também, estão mais do que cansados. Passaram a noite acordados, devem descansar também. O hospital é seguro. — Ele balançou as mãos, expulsando aquelas duas pessoas. — Há tantos seguranças do lado de fora, que meus pacientes estão nervosos…
Cheng Yin encarou Qiang Jin por um tempo antes de sair sem se despedir, de qualquer forma, havia sido chamado novamente pelo sogro. Donnah, ao contrário, se aproximou:
— Estarei aqui pela manhã. — Ela vasculhou o bolso e entregou um cartão. — Senhor Zhuo pediu para ligar. Agradeça-o corretamente, chefe. Foi ele quem o achou.
— Ele? — Perguntou confuso.
— Sim, então não o trate mal. — Donnah estava receosa, era a única situação que concordava com Cheng Yin. Ling Shan era instável demais e como uma bomba relógio, explodiria assim que chegasse ao final da contagem.
— Tudo bem. — Ling Shan não retrucou, para essas pessoas esse era o antigo dono. — Estou bem.
Donnah deu mais algumas instruções de boas maneiras, tendo em vista o ‘bom humor’ de seu chefe e se despediu.
Assim que ela colocou os pés para fora, Qiang Jin iniciou novamente seu discurso:
— O que aconteceu? — Ele puxou uma cadeira e arrastou-a até o lado da cama para se sentar — Vocês geralmente estão juntos quando ocorrem as crises.
Após descobrir o nome, Ling Shan conseguiu se lembrar um pouco desse homem. Ele também era terapeuta e psiquiatra, além de um excelente clínico geral. O antigo senhor, embora fosse em ocasiões extremas, fazia algumas consultas com ele.
Mas, estava receoso em falar.
— Não vou lhe cobrar uma consulta. — Qiang Jin continuou. — Pense que estamos conversando numa mesa de um bar. — Suas covinhas, novamente apareceram.
Ling Shan riu.
— Me falta um bom soju então, Doutor.
Qiang Jin ajeitou seu corpo na cadeira, depois disso, tinha certeza que Ling Shan contaria algumas coisas.
— Bem, ao menos você, tem soro…
Ambos ficaram em silêncio por algum tempo, até que o cantor tomou coragem.
— Não fui favorável a ele. A-Cheng está tão cruel… — Ling Shan usou todas suas habilidades de atuação. Em frente a um profissional da área psicológica deveria ser o verdadeiro mestre. — A-Cheng tentou me forçar, por ciúmes. — Falou sem rodeios. — Mas, alguém me ajudou antes do pior.
O doutor esperou que ele continuasse.
— Lao Jin como devo me comportar? Estou me sentindo tão mal… O que de errado eu fiz? Estava conversando com uma pessoa que eu tinha acabado de conhecer! — Esses não eram apenas pensamentos de Ling Shan, mas também Lin Shan, ele não desejava viver com um pedaço de merda ao seu lado! Essa vida de merda deve ser consertada a todo custo. — Sinto que devo fazer algo, mas não sei o que fazer, por onde começar.
— Ling Shan… você não fez nada de errado, não nesta situação. Ele é um assediador, um estuprador. Não é a primeira vez que conversamos sobre isso. — Qiang Jin não demonstrou nenhum sentimento ao falar, mas por instinto, o cantor intuía que ele estava bravo. Muito bravo. — Felizmente, você já deu o primeiro passo: reconhecer o problema seguido pelo desejo de mudança. Então vou lhe fazer uma pergunta: você quer ser ajudado?
Ling Shan olhou para o médico. Seus olhos claros tinham compaixão e pena.
— Sim, eu preciso de ajuda.