Capítulo 15
— …..
Helbert olhou para Johann. Tanto quando ele veio quanto quando saiu, Johann sentou-se em silêncio, mas por algum motivo a atmosfera era um pouco diferente.
Não demorou para conversar com o Dr. Walker. Caso o idiota não o ouvisse de novo e voltasse para mansão de ônibus ou algo assim, Helbert saiu do hospital depois de falar apressadamente enquanto ouvia o Dr. Walker.
Felizmente, Johann permaneceu onde estava. Ele claramente disse para esperar no carro. embora o sol estivesse queimando, ele realmente não ouviu.
Johann olhou para Helbert que se aproximava e disse: ‘Você veio?’ ele disse trêmulo.
— Você disse que tinha algo para você fazer … você está bem?
— O que você acha que conversei com o Dr. Walker há pouco?
Na verdade, não havia nada para conversar e o assunto foi sobre a sua conta de hospital, mas Helbert perguntou com mais confiança, e Johann acenou com a cabeça friamente como se não estivesse interessado e foi em direção ao carro. Helbert correu atrás de Johann e olhou para seu rosto.
Por alguma razão, a expressão e a tez não eram boas. ‘O que aconteceu com ele e com a Maria? Como ela é uma mulher que respeita sua dignidade, pensei que ela não falaria nada de mal ao Johann, a quem eu nunca tinha visto antes, mas não consegui encontrar outra razão para que sua expressão mudou apenas em 10 minutos.’
Durante toda a viagem, ele apenas olhou pela janela. Helbert olhou para o humor do homem visivelmente deprimido.
‘O que eu estou fazendo como se estivesse preocupado com ele?’. Helbert olhou para ele enquanto pensava.
Alguns minutos se passaram e ele estava prestes a perguntar o que era, e Helbert com uma expressão tão miserável. Johan olhou para Helbert, como se tivesse sentido o olhar dele, ou talvez pretendesse olhar de volta.
Ele fechou a boca no rosto fundo, e Johann hesitou por um momento, então perguntou.
— … hum… chefe. Maria, você não amava? Vocês ficaram juntos por três anos.
Johann perguntou cautelosamente como se não importasse nem um pouco, e Helbert franziu a testa. ‘Esse é o motivo?’ Não importa quantas vezes ele disse não, Johann ainda pensava que o Helbert dormiu com ele por causa da Maria. Um homem que se parece com sua ex-amante. Ele não teria esse mau gosto.
— Na verdade, não. Ela sabe que nós não temos esses sentimentos um pelo outro, certo?
Helbert respondeu friamente. Em resposta, Johann olhou para ele por um longo tempo antes de murmurar.
— Eu vejo… o chefe não gosta de gente como eu… …
Helbert olhou para ele com curiosidade por causa da voz um pouco perturbada, mas Johann olhou pela janela novamente. Já dava para ver a paisagem do terreno da mansão pela janela. Os 10 minutos atrás parecia ter passado rápido por algum motivo.
‘Como a Maria disse, o chefe realmente não gosta de ninguém além dele mesmo.’ Johann pensou amargamente. Se você dissesse isso a uma mulher que conhece há três anos, não precisaria perguntar nada sobre si mesmo. A diferença de status social, a diferença de circunstâncias ou a semelhança com um ex-amante não importava. Como você pode se apaixonar por um homem assim? Ele é um homem que não tem tanta humanidade quanto suas unhas perfeitas. Johann suspirou levemente, segurando as pontas de seus dedos trêmulas.
— ……
Apesar de Helbert dizer que não gosta, ele olhou para Johann, que parecia ainda mais descontente, e franziu a testa. ‘Qual é o problema agora? Achei que ele iria se sentir aliviado agora que tirou o gesso, mas ele tem algo incomodando sua cabeça desde que entrou no carro.’
Ele olhou pela janela por um longo tempo e de repente disse do nada.
— Muita coisa aconteceu no último mês, mas tenho sido grato por elas. Exclusivo pela as despesas médicas….
— De novo com isso.
Helbert falou friamente com Johann, que falou como se estivesse apenas se despedindo, e Johann sorriu vagamente e baixou o olhar.
— Ainda assim…. eu não vou te ver muito no futuro. Mesmo que ele não diga, eu ficarei bem e saudável, chefe.
— … que? Do que você está falando?
Não há nada para ver. Não era uma brincadeira, mas como um verdadeiro adeus, Helbert olhou para ele com um rosto duro.
— O que estou falando? Agora que eu retirei o gesso, vou voltar para a cabana oeste.
Johann, que baixou ligeiramente a cabeça, disse isso como se fosse natural, e Helbert piscou surpreso para ele. ‘Você vai voltar para a cabana oeste?’ Helbert nunca pensou que Johann pudesse voltar para aquela cabana imunda, que ele pudesse não estar ao alcance e à vista dele.
Na realidade, de certa forma, era natural. Na verdade, Johann ainda foi designado para a tarefa não convencional de ficar em posto na cabana N° 2 de Resgate, e deveria ficar na mansão apenas enquanto estivesse em recuperação. Mas não importa como seja, assim que tirou o gesso ele quer ir embora para aquela cabana. Era como se ele tivesse enterrado o ouro lá.
— Quando você vai voltar?
— Vou hoje à noite. Não há muito que eu possa fazer aqui. Por falar nisso, eu não consegui nem limpá-la da última vez… . — Enquanto Johann murmurava, o carro parou na entrada da mansão.
Por um momento, Helbert sentiu o sangue escorrer para as solas de seus pés, e enquanto ele estava falando sobre algo sério, o carro parou e ele conteve suas tentativas de gritar com o motorista para perguntar se ele estava sóbrio. Assim que o carro estacionou na entrada, Johann abriu a porta e saiu.
— Obrigado por me dar uma carona hoje. Aproveite o seu jantar.
Sem a menor hesitação, Johann falou com bastante urgência. Antes que Helbert pudesse responder qualquer coisa, Johann se virou e correu para o irmão na entrada.
— O que… ?
Helbert apenas olhou fixamente para Johann carregando Philip para dentro do Pavilhão Lavender para empacotar seus pertences. Ele ainda não conseguia entender o que Johann queria dizer com aquelas palavras. Mas estava claro: — Tudo bem. Eles vão voltar para aquela cabana imunda, certo? — Ele murmurou, mas não podia aceitar a situação.
— ….
Helbert apenas olhou para as mãos vazias. O motorista que estava esperando por muito tempo depois de abrir a porta do carro disse: — Hein, Mestre? Você tem algum lugar que gostaria de ir… … — Helbert olhou para o motorista atordoado.
E naquela noite Johann voltou para a cabana oeste, carregando apenas uma pequena bolsa.
Era o primeiro mês desde que Johann entrou na mansão.
***
O sol estava bastante quente no começo do verão.
Ele arrumou suas coisas e despediu das pessoas da mansão das quais ele era grato. O Sr. Robert, o Sr. Faberden, que o ajudava por conta do seu braço engessado, o Peter e os outros jardineiros, as pessoas do restaurante, e a Tia May, que sempre cuidava de Philip quando Johann estava trabalhando, esses ele estava mais do que agradecido. Todos fizeram caras tristes, então Johann riu, pensando que era bom trabalhar nesta mansão.
O acontecimento na sua frente estava se repetindo de novo, com Robert o levando para a cabana. Mas dessa vez, ele tinha o deixado no lugar certo, mas estava claro e não foi difícil encontrá-lo porque era uma estrada que ele já havia passado algumas vezes.
Johann abraçou Philip adormecido e passou a mão por um arbusto. A cabana e a paisagem à sua frente podiam ser vistas através dos arbustos retorcidos.
— Ah… como esperado.
Há cerca de duas semanas, no dia da festa de verão, a frente da cabana que não havia sido devidamente limpa estava uma bagunça como se tivesse sido atingida por uma bomba. As lâmpadas estavam quebradas em todo canto,aqui e ali, e a garrafa que havia sido deixada de lado havia caído até os pés de Johann, como se tivesse sido arrastada pela água da chuva.
Ele esperava que isso acontecesse, mas vendo a situação, Johann suspirou e olhou para as frutas que rolaram da cesta, estavam manchadas de lama e apodrecidas.
Ele foi até a cabana, levando Philip em um braço e outro segurando a sacola e recolhendo as garrafas que haviam sido arrastadas pela chuva.
Clak….
Quando a porta foi aberta, uma luz fraca penetrou na sala escura. Era menos do que lá fora, mas olhando para a bagunça em cada canto, Johann sorriu amargamente.
Havia cueca e a roupa dele jogando pro lados no dia em que dormiu com Helbert. Os lençóis da cama estavam amassados em uma bagunça, meio descascados e manchados em alguns lugares. Havia até um cheiro de mofo que vinha das roupas jogadas no chão. Quase duas semanas se passaram desde então, então era natural estar nesse estado.
Johann riu amargamente quando encontrou o paletó e a gravata de Helbert entre suas roupas. E pensar que um homem tão meticuloso jogaria elas de qualquer jeito. Como será que ele o levou de volta para a mansão? Ele nem tinha paletó nem gravata, e nem meias usava, por algum motivo que ele não conseguia imaginar essa cena acontecendo.
Pensando bem, o homem também não respondeu naquela noite. Foi estranhamente amigável e estranhamente excitante. O beijo foi bom, mas o sexo em si foi doloroso e nada bom, mas depois de um tempo, parecia que até isso viraria uma lembrança à sua maneira.
— Aaaah…..
No entanto, Johann mordeu o lábio e suspirou fundo. Percebendo que gostava mais do homem do que pensava, fazendo seu peito e seus dedos latejarem.
Johann estalou a língua amargamente com o coração partido que veio ao mesmo tempo em que percebeu os seus sentimentos.
Johann ficou parado até que o longo sol de verão se pôs e a escuridão caiu sobre a cabana. Ele ficou parado até que Philip, que acordou depois de um tempo, puxando a bainha de suas roupas com uma expressão preocupado no rosto.
Johann notou a escuridão da sala e sorriu amargamente para Philip.
— … ainda assim, preciso resolver isso.
Johann murmurou, consolando-se e passando a mão pelo cabelo de Philip.
Levaria um tempo tanto para sua mente e a cabana precisarem ser organizadas. Mesmo que ele não quisesse se organizar, ele não conseguiria, mesmo que quisesse deixar tudo como está. Mesmo sendo tarde demais, queria cortar os seus sentimentos.
Mesmo quando sua mãe e seu pai faleceram, Philip e ele sempre ficaram sozinhos, e tudo era tão sombrio e doloroso que ele não queria fazer nada, mas não teve escolha a não ser seguir em frente.
Ele não podia ficar como estava, então não teve escolha a não ser organizar sua mente o mais rápido possível e viver como se não tivesse esse tipo de sentimento em seu coração em primeiro lugar.
Comparado com a época em que seus pais morreram, essa dor que sentia em sua mente não era tão ruim como agora. Como não havia nada para começar, o fim poderia ser facilmente aceito.
Ele não teve escolha a não ser acreditar nisso, nessa ilusão… .
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LILITH TRADUÇÕES