Capítulo 22 - Fim
— Há quanto tempo você vem fazendo isso?
— Há cerca de dois meses…
Vendo o olhar questionável do gerente, Johann respondeu nervosamente.
— Hmm. Parece insignificante, mas você pode fazer isso bem?
— Eu posso fazer isso. Eu sou muito bom em limpeza.
Quando ele disse que poderia ser polir a ponto do seu rosto ficar completamente brilhante, o gerente ergueu os óculos bruscamente e disse.
— Bem, limpo o suficiente para lamber com a língua.
— ….. você vai me fazer lamber com a minha língua?
Quando Johann murmurou sua pergunta, o gerente olhou para ele horrivelmente. Johann acenou com a cabeça e disse: — Farei o meu melhor.
— Ouvi dizer que um convidado especial está chegando hoje. É improvável que ele venha a um lugar como este, mas o diretor executivo disse para mim… como está chovendo hoje, aqui não vai parar limpo. Então limpe o chão com esfregão e seque. Certifique-se de remover completamente a água e a sujeira nessa área.
O gerente, que o estava importunando por um tempo, olhou para Johann com um olhar que ele não levaria a sério, então rapidamente se virou e saiu do banheiro.
— Hum….
‘Afinal, este hotel não é brincadeira… .’ Johann confirmou se o gerente havia saído e soltou um longo suspiro.
Daniel agarrou Johann quando saiu do quarto de Helbert com Philip nos braços, lhe pedindo que desse uma chance de se desculpar.
— É porque eu te causei tudo isso… … . Se for um assunto a ser resolvido judicialmente, irei constituir um advogado e dar o máximo de suporte. Para ser sincero, não tenho confiança para bater de frente com o meu irmão mais velho, mas se a acusação se fizer sentir melhor… .
Daniel disse um pouco confiante, e Johann balançou a cabeça em desgosto ouvindo sobre o advogado ou as palavras de acusação que saíam toda vez que ele dormia com o homem.
— Eu não preciso disso. Me solta, só quero ir embora.
— Johann, por favor fala, você precisa de dinheiro ou o que quer.
Daniel falou em tom sincero, e Johann ficou ali mordendo o lábio, cansado de tudo. Depois de olhar para o rosto choroso de Johann por um tempo, ele hesitou e perguntou, ronronando os lábios.
— Um trabalho… você precisa de um novo emprego?
— … e passar por isso de novo… eu recuso… .
Quando Johann disse que não queria mais fazer isso, Daniel agarrou-se ao seu pedido.
— Não vou fazer nada disso de novo. Se houver um trabalho que você deseja, diga-me qualquer coisa. Vou apoiá-lo tanto quanto possível.
Daniel disse ansiosamente, segurando Johann que estava tentando se livrar de sua mão.
— Por favor. Sinto muito, não posso deixar você ir desse jeito.
Daniel segurou Johann com mais força e continuou insistindo, e depois de um tempo Johann disse: — Se for algo como faxineiro de banheiro… tudo bem.
Não havia necessidade de cinco mil dólares por mês, uma cabana ou uma bela mansão e jardim, com o dono bonito e brilhante também.
Era o suficiente para ele trabalhar duro todos os dias, receber um salário modesto e morar com Philip, em um lugar decente.
Daniel, que ouviu o pedido choroso de Johann, parou na cabana para arrumar seus pertences e o levou para Karina, a cidade portuária onde Johann morava originalmente. Então ele conseguiu um emprego para Johann como limpador de banheiro. No Hotel Herece, bem em frente ao Hotel Arms onde ele trabalhava. Ele perguntou várias vezes se realmente estava satisfeito, e Johann agradeceu.
O Hotel Herece era um hotel tão grande e impressionante que o gerente disse que não era exagero dizer que o Hotel Arms parecia um motel. Quer se trate de seis estrelas ou cinco estrelas. De qualquer forma, foi ótimo.
Ser faxineiro naquele lugar luxuoso que nunca pôs os pés, embora passasse por ele todos os dias… . Johann se sentiu um pouco sobrecarregado, embora fosse apenas um simples faxineiro, e começou a limpar o banheiro com alvejante e uma escova de limpeza.
Na verdade, limpar o banheiro não era muito diferente entre o Hotel Arms e o Herece. Tinha uma diferença que o salário era um pouco mais alto e as pessoas eram um pouco mais frias, mas os banheiros eram os mesmos.
— …..
O banheiro do quarto de Helbert era mais ou menos o mesmo. Tinha mais botões e parecia mais funcional, mas era parecido mesmo assim. Quando viu o banheiro, Johann pensou consigo mesmo que o homem também era humano… .
— … ele deve já ter voltado.
Agora que ele havia saído, ele parecia ter voltado para casa feliz, dizendo que a sanguessuga finalmente havia ido embora. Seu coração estava batendo tão forte novamente que fez seus olhos queimando. Johann bufou e limpou o banheiro com mais força.
Ele era insano, mau, filho da puta. Uma pessoa que não tem escrúpulos, mesmo quando comia. Eles sempre reclamam de cortesia e dignidade, mas ele era a pessoa mais implacável. As pessoas diziam que Helbert era uma pessoa gentil e calma, mas aos olhos de Johann, ele era apenas um playboy e frio.
Essa pessoa, onde está o seu cavalheirismo? Um homem que, mesmo que Johann embora estivesse chorando de dor, mentiu sobre fazê-lo lentamente e rapidamente empurrou ferozmente seu pênis bem fundo. Johann a abraçou com tanta paixão que na manhã seguinte, antes mesmo de abrir os olhos, Helbert se foi, pela segunda vez.
Até aquele ponto, tudo bem, mas o homem fingiu ter sentimentos por Johann e disse-lhe para não ir e esperar por ele. Johann não sabia que Helbert fez isso por pena ou para zombar dele, mas no final, Johann se tornou uma criança inocente e imatura que esperou seis dias por um homem que fugiu após fazer sexo.
Teria sido bom se ele tivesse acabado de dizer alguma coisa. Se ele tivesse dito a ele que sexo era apenas sexo e que não deveria dar muita importância a isso, ele teria conseguido organizar sua mente.
‘Mas olhando desse jeito e muito deprimente, mesmo… não é como se eu não pudesse entender muito sobre o assunto… .’ Ele pensou com tristeza
Johann silenciosamente limpou o restante banheiro.
— Não, vamos apenas focar em limpar… .
Será a melhor forma de limpar sua mente e o banheiro rapidamente. Helbert era o tipo de pessoa que ele achava que nunca mais encontraria se continuasse pensando nele, e mesmo que pensasse, Johann se perguntava se seria capaz de fingir que nada tinha conhecido. Depois de muito tempo, ele não se parece com a Maria? Ele também era uma pessoa que parecia não saber dizer.
Johann se encorajou a não pensar nisso porque pensar em esquecer só o deixava deprimido, mas se ele continuasse, mas Helbert não saía de sua cabeça.
Helbert disse que Johann foi seu primeiro amor, mas esse lado foi realmente o primeiro amor de Helbert.
— Aha… .
Johann soltou um longo suspiro e rapidamente limpou o banheiro e saiu para limpar a pia.
Pensando bem, ele estava limpando o banheiro assim naquele dia também. Pegando a carteira de Daniel e sem querer olhou para dentro e viu a foto. Pensando bem, foi sua primeira vez que viu Helbert.
Lembrou-se de que ficou momentaneamente encolhido ao ver um lindo menino que supostamente estava olhando para ele. Abrindo a carteira de outra pessoa, seus olhos eram penetrantes, como se o repreenderam por fazer algo errado.
— Mesmo assim, eu não tive sorte… … …
Johann murmurou baixinho. Mesmo que ele tivesse acabado de pensar em parar de pensar em Helbert, o rastro de seus pensamentos rapidamente voltou para ele. A razão pela qual os olhos frios na foto eram particularmente irritantes era porque ele previu tal futuro. Ou ele já tinha se apaixonado desde então? Mesmo que este último pensasse que não fazia sentido, Johann estalou a língua porque não conseguia esquecer os olhos que viu em um instante.
— …..
Johann levantou a cabeça para se olhar no espelho e então parou.
— Foi por isso que você fugiu para virar um limpador de privadas.
Johann, que olhava fixamente para o espelho, engasgou com as palavras de Helbert, o homem olhando para ele no espelho, e olhou para trás com espanto.
— Haaaaa, chefe?
Johann gritou de surpresa como se tivesse visto um fantasma, e Helbert olhou para ele com uma leve carranca. Vendo aquele olhar arrogante e frio, Johann engoliu em seco e se retirou. Não era um sonho, mas um verdadeiro Helbert.
— Ah, bem, por que você está aqui?
Johann perguntou surpreso, e Helbert perguntou, achando a pergunta muito chata.
— Depois de tudo, isso tudo que tem para me dizer?
— ….. bem, o chefe como tem passado?… pelo que vejo você está bem……
Johann murmurou, e Helbert franziu as sobrancelhas em aborrecimento.
— Eu pareço estar bem para você?
Em resposta ao aborrecimento de Helbert, Johann manteve a boca fechada, embora pensasse: ‘Não, ele tem uma pele tão bonita, então o que posso dizer?’
Helbert estava balançando a cabeça freneticamente e olhou para Johann, sentindo que estava enlouquecendo. Parecia que encontrá-lo resolveria tudo, mas na verdade não era tão simples. Ele estava olhando para o chão com um rosto frustrado e dizendo coisas como ‘Você parece está bem’.
Helbert perguntou, sentindo seu interior borbulhar por não poder fazer nada sobre esse moleque arrogante.
— E você, que arbitrariamente consegue um emprego justo no meu hotel?
— Esse hotel é do chefe?! Não, sim, bem isso… você veio conferir o meu serviço?
Johann também ficou surpreso por este ser o hotel de Helbert, mas olhou para ele com espanto, imaginando se esse era o motivo de ele ter vindo até aqui. Não, sério, não importa quantas pessoas não tenham nada para fazer, mesmo que o Helbert quisesse, ele tinha bastante tempo o suficiente para olhar para as árvores e verificar o pessoal.
— Se você veio discutir, por favor, seja breve. Está na hora…. .
Johann olhou para o chão e disse. Não importava se vinham para brigar ou para discutir depois de se encontrarem por acaso. Para ser honesto, Johann simplesmente odiava o fato de estar enfrentando Helbert assim. Ele sentia como se quisesse sair correndo do banheiro imediatamente.
Ele saiu da mansão com seu orgulho destruído, na melhor das hipóteses, mas se deparou com o Helbert, que era pior do que isso. Não é que o trabalho de faxineiro seja ruim, mas não era um trabalho que ele queria exibir na frente do cara que deu o fora alguns dias atrás.
E como se não quisesse nem olhar nos olhos, olhou para o chão e falou na tentativa de escapar.
E Helbert cerrou os dentes ao ver Johann olhando para o chão como se não quisesse fazer contato visual e pedindo que fosse mais rápido. Ele achava que ele era tão adorável, mas agora se perguntava como ele podia ser tão desagradável nesses sentidos. Não era desagradável, na verdade, mas era igualmente irritante.
Não bastava ele ter fugido sem dizer uma palavra, então ele estava agindo como se não tivesse algo a dizer entre nós.
Querendo vê-lo feliz, Helbert, que estava feliz pensando em dar o relógio e o pingente que teve dificuldade em obter, sentiu-se traído e remexeu nos bolsos e entregou o pingente e o relógio a ele como se os jogasse fora.
— O que, o que é isso? Isso é… Hã?
Johann olhou para o relógio e o pingente de Helbert para ver o que ele jogaria nele, e então piscou para a silhueta familiar. Depois de abrir o pingente, Johann levantou a cabeça de repente.
— O que é isso?
— Porque me perguntar o que é, que você já sabe a resposta.
‘É algo que você nem vê o que está segurando?’ Helbert respondeu com arrogância e Johann prendeu a respiração. Essas são uma lembrança de seus pais que foi roubada e perdida no ano passado.
— O que?! Onde você conseguiu isso?!
— Você não gostaria de tê-los novamente?
— De onde diabos você conseguiu isso?!
Depois de uma semana de dificuldades irracionais, o que ele esperava era uma reação mais impressionada e encantada, mas Johann gritou e exigiu ousadamente, e Helbert estalou a língua em irritação. ‘Entendo, desde quando ele mostrou uma ação ou reação que correspondeu às minhas expectativas? Eu que fui um idiota por esperar uma reação feliz ou levado a chorar de felicidade.’
— Um lugar que você nem sabe que ouviu falar. Eu não disse que não há nada que o dinheiro não compre?
Com as palavras arrogantes de Helbert, Johann olhou inexpressivamente para frente e para trás entre a lembrança de seus pais e Helbert.
— Oh Deus. Sinceramente… .
Johann sentiu choque e surpresa ao invés de felicidade ou alegria diante dos restos mortais de seus pais, que ele pensou que nunca mais veria. Depois de olhar para o relógio e o pingente por um tempo, Johann franziu os lábios.
— Realmente não há nada que seja impossível com dinheiro… Espero que seja do seu gosto chefe.
— Por que está dizendo isso. Você mesmo disse que é rico de coração.
— ……
Com seu sarcasmo, Johann ficou em silêncio, com gosto amargo na boca. Naquele dia, ele poderia até dizer que seu coração era rico, mas agora seu coração estava à beira da falência. Mesmo com os pertences recuperados de seus pais à sua frente, sua atenção foi atraída por Helbert, que estava bem à sua frente. ‘Já é difícil de esquecê-lo, mas por que reapareceu?’
Helbert estendeu a mão com os pertences de seus pais e ficou na frente dele com a boca fechada, enquanto Johann apenas olhou para sua mão, sem saber que tipo de olhar ele estava fazendo.
— Por que você trouxe isso? Você está tentando brincar comigo de novo?
Johann engoliu em seco. Seu cérebro estava uma bagunça. Ele não conseguia entender por que o Helbert veio ou por que trouxe essas coisas, mas no fundo ele não queria adivinhar. Johann mordeu os lábios com cuidado, sentindo seu coração tremer e balançar em um instante com a aparição do homem.
Ele se perguntava se ele veio aqui porque gostava dele. Caso contrário, Helbert não viria até ele e olharia com uma cara cheira de raiva. Johann estava farto de si mesmo por pensar em coisas inúteis, mesmo depois de ser enganado novamente.
Porém, Helbert sentiu-se frustrado ao ver a expressão magoada de Johann, mesmo tendo chegado tão longe e conseguido um bom presente para lhe dar.
— Você trouxe para me provocar? Ah, se for verdade, pare com isso agora mesmo.
Johann disse com o rosto contorcido como se fosse chorar, e Helbert cerrou os dentes.
— Quem iria comprar e oferecer uma coisa dessas só para fazer uma brincadeira? Você está perguntando por que realmente não sabe? Brincadeira, não é você que está brincando comigo? Dizendo que gosta, e de repente os esfaqueia pelas costas. Ferindo elas por causa de você.
— … pare, por favor!
Johann gritou, interrompendo o discurso raivoso de Helbert. Ele franziu os lábios para ele, que hesitou, depois disse como um suspiro.
— Por favor… estou te pedindo, não fale assim. Eu sei que você não gosta de mim, então não me confunda desse jeito. Você jogou bem comigo por alguns meses, e isso é o suficiente, pare com isso … agora, por favor pare. Pro chefe pode ser engraçado, mas eu estou realmente farto disso até a morte.
Era meio apelo e pedido. Johann temia que, se ouvisse as palavras de Helbert, seria enganado novamente e esperaria por ele novamente — Por favor, pare de me esfaquear, — disse Johann.
Na melhor das hipóteses, ele estava dando um aviso para si mesmo para fugir. Quantas vezes ele tem que sacudi-lo e empurrá-lo para longe? Ele próprio ficava abalado, magoado e irritado todas as vezes, mas mesmo o fato de estar dizendo coisas tão miseráveis machucavam o Johann. Johann, que já falava todo esse tempo, nem sequer olhou para Helbert, que estava parado com a boca fechada.
— Sinto muito se até o fato de eu trabalhar aqui te incomoda. Eu vou….
Helbert interrompeu friamente as palavras de Johann, segurando as lágrimas, dizendo: — Gostaria que parasse agora.
— Não precisa se desculpar.
Helbert ligou para algum lugar com uma expressão zangada, e Johann, que o encarava sem expressão, disse: — Sim. O faxineiro de banheiro do 1º andar. Depois de ouvi-lo dizer: — Demite-o, ele corou e mordeu o lábio. Depois de desligar a ligação, Helbert disse arrogantemente.
— Você foi demitido, então arrume suas coisas agora.
Johann estremeceu e olhou para ele, então foi e jogou a toalha, o pingente e o relógio que estava segurando.
— Foda-se.
Helbert tirou a toalha do rosto e agarrou o braço de Johann enquanto ele tirava o macacão, mas Johann se livrou de seu braço.
O Helbert engoliu em seco e Johann se virou e saiu do banheiro. ‘Não acredito, não acredito. Até que ponto você deve deixar as pessoas infelizes para serem frias desse jeito?’ Johann saiu do hotel como se estivesse fugindo, pensando se deveria desejar sua morte.
A chuva que caíra desde a manhã ainda imundava as ruas. Lembrando-se do guarda-chuva que trouxe esta manhã, mas não queria voltar a andar pelo hotel do Helbert.
Segurando os braços e mordendo os lábios desde que saiu do banheiro, Helbert viu Johann saindo correndo e disse: — Ei!! — Chamando-o em voz alta, mas ele fingiu nem ter ouvido.
— Isso não pode está acontecendo.
Helbert não poderia nem contar quantas vezes isso aconteceu. Não era uma ou duas vezes, que Johann deixou ele para trás novamente e fugiu. Em toda sua vida ele nunca tinha sido ignorado desse jeito, e persegui-lo era muito desgastante.
Helbert rangeu os dentes e saiu do banheiro, pegando o pingente e o relógio caído no chão. Ele podia ver porque o Johann além de ser baixinho era tão rápido, já passando pela porta do hotel.
Estava chovendo do lado de fora.
Ele nem tinha guarda-chuva e já estava na estrada principal. Vendo as costas dele esperando o sinal abrir, Helbert correu a toda velocidade. Era a única cor que se destacava na rua, acinzentada pela chuva forte. Parecia que se ele o perdesse agora, o mundo ficaria apenas com uma cor escura sem uma única luz.
Helbert correu na chuva e o viu atravessar a faixa de pedestres com uma luz vermelha. Ele estava prestes a atravessar a rua sem a menor hesitação, e aí não tinha como saber quem estava jogando com quem…. — Porra! — Ele xingou em voz alta e agarrou o braço de Johann. Johann virou-se com uma cara de surpresa e Helbert, que estava prestes a xingá-lo, parou de falar por um momento.
— Solte-me. Tenho que atravessar a rua porque o sinal está verde.
Johann disse, e Helbert mordeu os lábios novamente. Ele sabia que isso significava que Johann não apenas atravessaria a rua no sinal verde, mas estaria indo embora. Helbert disse como se estivesse louco.
— Não. Não pode. Você não vai atravessar.
— Por favor pare! Você é um tipo de pessoa que não entende as pessoas? Você é estúpido, chefe? Não vou mais entrar nos seus jogos!
— Resista quanto você quiser, seu idiota!
Helbert gritou ainda mais alto para Johann que gritava de volta na chuva.
— Você só pode estar de brincadeira! Você está brincando comigo? Que tipo de louco no mundo faz brincadeiras como esta? Você fugiu como um gato de rua enquanto o dono foi comprar alguns petiscos. Por que você está falando alto? Você disse que gostava de mim, mas no momento que viro as costas, você foge. Quem está brincando com alguém aqui é você!
Machucado? Doente ou moribundo? Era exatamente isso que ele estava se sentindo. No momento em que percebeu que não estava na mansão ou na cabana, Helbert pensou que seu coração estava realmente morto. Desde do seu nascimento, sempre viveu toda a sua vida sem saber o que era não ter nada, sem saber o que era perder. Pela primeira vez em sua vida, Helbert sentiu um aperto em sua garganta.
Helbert agarrou-se desesperadamente ao braço de Johann. Ele sentia que morreria se largasse, então não conseguiu largar mesmo tendo gritado no meio da rua perguntando se ele era um idiota e por que estava tava na chuva.
— Você não acabou de me dizer para sair? Depois do sexo, você sempre desaparece no dia seguinte e volta em três ou quatro dias. Você não veio há uma semana e nem ligou, eu não entendo.
Johann falou amargamente os seus ressentimentos. Desde que descobriu que Helbert havia viajado, ele estava esperando. Esperando, embora pensasse que ele poderia nunca mais voltar, se voltasse o trataria com fineza novamente. Tentando esperar enquanto ignorava todos os sussurros das pessoas, o olhar no rosto do Sr. Robert, a simpatia e os sons lamentáveis.
Mas não veio em três dias. Esperando mais, mas ele não veio e nem atendeu as suas ligações. Esses dois dias há pouco tempo. Foi o mesmo, mas para Johann, foi a estrada mais longa de sua vida. Foi um tempo mais difícil.
Com o ressentimento de Johann, Helbert enxugou as gotas de chuva do queixo, mordeu o lábio e disse em tom irritado, como se estivesse muito orgulhoso de si mesmo.
— Honestamente, pensei que levaria apenas dois ou três dias, mas o relógio e o pingente de seus pais foram difíceis de encontrar. Se não fosse por mim, você não teria tanta sorte. Acho que…… .
Era algo que tinha que ser investido com tanta mão de obra e capital. O homem estava tentando cuidar de seu orgulho, mas confessou honestamente que desta vez não foi muito fácil e ficou nervoso.
— Eu vasculhei o mercado clandestino onde a rede de celular nem funcionava e… .
Houve momentos em que Johann não atendeu o telefone e, quando verificava as chamadas perdidas, pensava que seria mais rápido retornar. E quando voltou, ele não estava lá… …
— E eu não sabia que você esperasse minha ligação.
Helbert olhou direto para Johann e disse. Deu um passo em direção a ele porque queria mais perto de Johann. Ele simplesmente queria encher ele com os sentimentos calorosos de que gostava, então tentou encontrar o relógio e o pingente e dar a ele de presente.
Ele ainda estava lúcido com um apenas ‘eu gosto de você’, elevando para último nível de suas emoções, mas era difícil para o Helbert transmitir isso. Ele estava apaixonado.
— Bobeira… mentira… não minta. Não posso confiar no chefe de novo.
Porém, em vez de fazer os olhos brilharem dizendo que o chefe era alguém amável. Mas ao contrário ele queria apenas fugir como um pássaro. Então ele disse que não conseguia acreditar, embora sempre desse desculpas que feriam seu orgulho.
— Deixe-me ir. Eu quero ir embora.
Johann disse, puxando o seu braço dolorosamente. Desse jeito, ele acreditaria em tudo o que o Helbert disse, por esse motivo ele quis fugir rapidamente, pensando. ‘Será que ele realmente gosta de mim, não porque ele veio aqui como realmente me odiava, mas sim porque ele me ama?’
Helbert segurou o braço de Johann com força. Mas suas mãos estavam escorregando por causa da chuva e então. A luz vermelha voltou a acender. Johann se virou e Helbert não falhou desta vez. Ele pegou o seu braço e o abraçou.
Chuá, chuá! ploc, ploc! plás, plás! truz, truz! Chu! Enquanto o som da chuva cobria o mundo, os lábios de Johann estava sendo sugados ao som do coração de Helbert em seus ouvidos.
— Ah !?
“Solte-me” Ele tentou dizer essa palavra, mas sua voz estava abafada pelo som da chuva e pelo som de seus corações. Ainda assim, como se Helbert tivesse ouvido aquela vozinha, ele abraçou Johann com mais força e falou como se implorasse.
— Por favor, não vá.
‘Ele está implorando?’ Johann contorceu o rosto com a voz séria e mordeu o lábio. Seu coração batia como se fosse explodir. Por mais que ele reprimiu com a razão, seu coração já estava sendo enganado pelo homem mais uma vez.
— Eu amo você. Então, por favor, não vá…
Helbert falou com uma voz triste, e Johann olhou para a rua chuvosa com os olhos marejados e abaixou a cabeça. ‘Johann se estúpido. Seu burro. Achei que não deveria ser enganado desse jeito,’ mas sentindo que tudo estava derretendo como neve com as palavras dele.
— Por que você está aqui agora? Senti a sua falta… eu achava que você voltaria logo….. — Ao ouvir a voz ressentida de Johann, Helbert abraçou ele um pouco mais forte. Johann ergueu o braço e abraçou as costas do homem enquanto o braço que envolvia seu ombro trêmulo.
A chuva estava sem dúvida fria, mas os braços do homem estavam quentes, que impedia ele de sentir frio.
— Eu precisava mais do chefe do que do relógio… .
— Preciso de um amante mais do que de um limpador de banheiro, seu idiota.
Helbert disse como se estivesse realmente ofendido, e Johann levantou a cabeça e olhou para ele.
Era o rosto que ele desejava ver. Era o rosto que ele ansiava durante seis dias e noites, mesmo depois de deixar a mansão. Johann sentiu seu coração transbordar a ponto de chorar. Ouvindo aquele homem que parecia sexy mesmo estando molhado pela água da chuva, resmungando com um voz descontente, dizendo: — Sinceramente, olha como eu fico por sua causa… você está ouvindo?
Helbert franziu a testa para o rosto inexpressivo de Johann e perguntou, e Johann fechou os olhos e ergueu ligeiramente a ponta dos pés para beijar aqueles lábios franzidos. Depois de beijá-lo na boca, ele abriu os olhos e Helbert finalmente fechou a boca com olhos surpresos.
— Isso é o que acontece quando você vê isso em um filme?
Quando o nervoso Johann falou com um leve sorriso, Helbert, que arregalou os olhos como se estivesse surpreso por um momento, sorriu com seus belos lábios. Era um sorriso malicioso. Seu coração tremeu com aquele sorriso arrogante e inchou como se estivesse prestes a explodir.
Ele se abaixou e beijou Johann nos lábios. Seus lábios, que estavam molhados com gotas de chuva e estavam frios, se encontraram e logo ficaram quentes e doces.
A chuva que caia desde que o dia amanheceu, há inúmeros as pessoas passam com guarda-chuvas coloridos para todo o canto. Apenas os dois meio de tanta chuva que ninguém jamais se lembraria de seus rostos.
Com exceção das duas pessoas.
Eram os únicos que sentiam a doçura especial de estarem juntos nessa chuva.
Helbert e Johann abraçaram-se e trocaram um doce beijo. Por um longo período de tempo, um beijo quente poderia sentir o gosto de sua doçura por mais tempo.
O som da chuva era doce.
Uma chuva açucarada caía como uma benção na rua sobre eles.
Obrigada por acompanhar a História de Helbert e do Johann.
EM BREVE, AS SIDES STORY’S
________
LILITH TRADUÇÕES